Oeiras na Era das Navegações
Oeiras, século XV – Durante a Era das Descobertas, Oeiras consolidou-se como importante celeiro de Lisboa e centro industrial, com atividades comerciais e manufatureiras em expansão. Documentos de 1448 confirmam que Oeiras, Aljez e Barcarena foram elevados à categoria de reguengo, terras pertencentes à Coroa, garantindo privilégios aos lavradores locais. No mesmo período, surgem as primeiras quintas, como a Quinta de Paço de Arcos, utilizada pela nobreza para caça e lazer, enquanto a construção de palácios e solares se multiplica. No século XVI, a região se industrializa: exploram-se pedreiras e constroem-se os Fornos da Cal em Paço de Arcos, e em Barcarena nasce a Fábrica da Pólvora Negra, voltada à produção de armas. A área também se fortalece militarmente: ergueram-se fortificações na orla marítima, incluindo o Forte da Barra e o Forte de São Lourenço do Bugio, para proteger a entrada do Tejo. Entre os séculos XVI e XVIII, surgem conventos e igrejas, como a Cartuxa, enquanto as quintas agrícolas e vinícolas garantem abastecimento à capital. Oeiras consolidava-se, assim, como ponto estratégico e multifacetado entre tradição, defesa e desenvolvimento econômico.
Você sabia??


