Origem histórica das Festas Juninas
O Dia de São João, celebrado em 24 de junho, remonta ao século IV, instituído pela Igreja Cristã para marcar o nascimento de João Batista, primo de Jesus. A data foi posicionada estrategicamente seis meses antes do Natal, aproveitando o simbolismo solar do solstício de verão europeu. Para os cristãos, João preparava o caminho para Cristo, como destacado em João 3:30: “que ele cresça e eu diminua” — reflexo do simbolismo solar: dias decrescentes após São João e crescentes após o Natal.
As celebrações, inicialmente religiosas, incluíam vigílias, procissões, batismos e fogueiras, com registros desde o século XII na França e Inglaterra. Em Florença medieval, festas incluíam peças teatrais e fogos. No século XVI, festas em Londres reuniam vizinhos ao redor de fogueiras decoradas com flores e ervas. No século XIX, batismos e visitas a fontes sagradas eram comuns, e tochas simbolizavam a “luz ardente” de João.
No Brasil, a festa chegou com os jesuítas no século XVI e foi prontamente incorporada pelos povos indígenas. Nas aldeias da Bahia, fogueiras, danças e música caipira criaram a base da cultura junina, enriquecida com influências africanas. Hoje, festas como o São João de Campina Grande e Caruaru são gigantescos eventos populares, celebrando não só a fé, mas a identidade cultural brasileira.
Você sabia??