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SE Palmeiras

O Palmeiras foi fundado em 26 de agosto de 1914 como Palestra Itália para ser o time da colônia italiana, muito forte em São Paulo no começo do século XX. O time nasceu da vontade de 3 jovens de criarem uma agremiação esportiva que representasse a comunidade italiana que vivia em São Paulo. Eles publicaram um convite no jornal para chamar outros interessados e, em 26 de agosto de 1914, fundaram o Palestra Itália, em uma reunião no centro da cidade.

Antes Palestra Itália o nome do time precisou ser alterado durante a Segunda Guerra Mundial, já que o governo Getúlio Vargas proibiu o uso de nomes que tivessem alguma relação com Alemanha, Itália e Japão, países do Eixo. A primeira tentativa foi mudar para Palestra de São Paulo, mas as autoridades não ficaram satisfeitas e o argumento de que a palavra não era de origem italiana, mas grega, significando “academia ou escola onde se pratica atividades físicas”, não foi suficiente. A solução foi mudar para Sociedade Esportiva Palmeiras.

Em 1918, durante a epidemia da Gripe Espanhola, o Palestra transformou suas instalações na Rua Líbero Badaró em um hospital para atuação da Cruz Vermelha no combate à doença. Com a ação generosa, o time conquistou o apoio popular e houve pressão para que o clube voltasse à Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos), da qual havia saído por se sentir perseguido pelos clubes de elite da cidade e pelos árbitros.

O atual Allianz Parque, arena do Palmeiras inaugurada em 2014, foi construída sobre o antigo Parque Antártica, com parte da arquibancada original mantida. O estádio tem 42 mil lugares cobertos, anfiteatro para até 18 mil pessoas, centro de convenções, 160 camarotes, 6 lounges e estacionamento para mais de 2 mil veículos. O Palmeiras comprou aquele terreno em 1920, com ajuda da Companhia Matarazzo. A primeira reforma aconteceu em 1933, com a construção de uma arquibancada geral de concreto armado e da tribuna social para os associados do clube, e o estádio foi rebatizado de Stadium Palestra Itália, na época.

Os adversários costumam fazer a provocação de que o Palmeiras não tem mundial. Isso porque o time não tem títulos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, que é realizada desde 2000, nem da Copa Intercontinental, disputada entre 1960 e 2004, considerada desde 2017 pela Fifa como título mundial. No entanto, o título mundial do Palmeiras vem da Copa Rio de 1951, reconhecida pela Fifa como o primeiro título mundial de clubes da história.

Apesar de o Palestra Itália ter sido fundado em 26 de agosto de 1914, a primeira partida do time de futebol só aconteceu em 24 de janeiro de 1915. O Palmeiras tem um dia para chamar de seu. Em 20 de setembro é comemorado o "Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras", após lei sancionada em 2005. A data foi escolhida por causa da "Arrancada Heroica", ou seja, dia em que o "Palestra Itália" jogou pela primeira vez como "Palmeiras" e foi campeão paulista.

Desde que foi criado, o escudo do Palmeiras mudou inúmeras vezes. Mas a última alteração significante aconteceu em 1959, quando o tradicional “P” diminuiu de tamanho e foram colocadas oito estrelas em volta do escudo, em referência ao mês de fundação do clube (agosto) e ao número de títulos paulistas conquistados pela equipe ainda como Palestra Itália. Desde então, o marketing do clube fez algumas mudanças menores, mas o conceito permanece o mesmo.

O periquito é o mascote oficial do Palmeiras, por ter grande identificação com o Brasil e ser uma ave que existia em abundância na Barra Funda. Porém, com o tempo, o porco virou o animal mais popular para identificar o Palmeiras. Era como a elite paulistana se referia aos italianos e descendentes que moravam em São Paulo, mas de forma pejorativa. A partir da década de 80, isso mudou, principalmente depois que Jorginho Putinatti apareceu na capa da revista Placar com o animal no colo.

O hino do Palmeiras foi composto em 1949 por Antonio Sergi, que era músico, mas também tinha outra profissão: formou-se como cardiologista pela Escola Paulista de Medicina. Em 1946, o palmeirense Ary Mantovani se tornou o único jogador a fazer dois gols olímpicos em uma mesma partida. O único problema é que o time perdeu por 6 a 2 para a Portuguesa Santista naquela oportunidade.

No período em que existiu o Palmeiras B (de 2000 a 2013), houve uma vez em que o time enfrentou o Palmeiras "A". O jogo curioso aconteceu em 2005, pela Copa São Paulo. Ironicamente, o time B vestiu a camisa verde por ter feito uma campanha melhor na primeira fase. Mas a equipe principal acabou goleando por 4 a 0. O comportamento da torcida (cerca de 3 mil pessoas) também foi divertido, com músicas como “se o Palmeiras não ganhar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar”.