Raya: A Princesa Guerreira
A princesa Raya, protagonista do filme Raya e o Último Dragão (2021), é uma das personagens mais recentes da linha de princesas Disney, mas sua criação traz uma abordagem única. Diferente das princesas anteriores, Raya não é definida apenas por seu papel como princesa, mas como uma guerreira e protetora de seu reino, Kumandra. Sua história, situada em um mundo inspirado no Sudeste Asiático, foi pensada para trazer uma representação mais diversificada e moderna das culturas orientais.
A criação de Raya teve como objetivo mostrar um novo tipo de heroína: corajosa, independente e com um forte senso de justiça. Ela foi concebida com base em um conceito de “liderança colaborativa”, já que a trama envolve a luta para unir diferentes nações e combater uma força maligna. A personagem também é notável por não seguir o estereótipo de princesa tradicional, sendo uma combatente habilidosa e com uma jornada de autoconhecimento.
O filme teve grande preocupação em representar de maneira respeitosa as culturas asiáticas, com uma equipe de consultores culturais trabalhando para garantir a precisão nos detalhes e nas tradições retratadas. A animação foi um marco por trazer à tona uma protagonista feminina que é tanto uma líder quanto uma amiga, desafiando a ideia de que princesas precisam ser resgatadas.
Curiosidades sobre a Princesa Jasmine
A princesa Jasmine, do filme Aladdin (1992), foi uma das personagens mais revolucionárias da Disney, tanto pela sua personalidade quanto pela sua origem. Ela foi inspirada na personagem do conto árabe As Mil e Uma Noites, mas recebeu um toque moderno e independente, refletindo uma mulher que desafia as tradições de seu reino.
Originalmente, Jasmine foi projetada para ser uma princesa mais “real” e com mais liberdade, diferentemente das princesas anteriores da Disney. Ela é a primeira princesa da Disney que não espera ser resgatada, mas sim quem toma as rédeas da sua vida e decisões. A personagem é uma das primeiras a demonstrar inquietação com as restrições impostas pela sua condição de princesa, buscando uma vida além dos palácios.
Além disso, Jasmine foi uma das primeiras princesas a ter um visual diferenciado das tradicionais, com roupas inspiradas nas culturas árabes, e um tom de pele que não se via frequentemente nas animações de Hollywood. Sua relação com o protagonista Aladdin foi inovadora, mostrando um casal mais igualitário, onde ambos são protagonistas da história.
A personagem rapidamente se tornou um ícone de empoderamento feminino, sendo lembrada por sua coragem, inteligência e por quebrar barreiras culturais. Em 2019, ela ganhou uma versão live-action, interpretada por Naomi Scott, mantendo sua relevância nas novas gerações.
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A Origem dos Desenhos Animados de Princesas
A ideia de criar desenhos animados sobre princesas Disney surgiu no início dos anos 1930, quando Walt Disney e sua equipe de animadores começaram a explorar novas possibilidades para suas produções. O grande marco foi Branca de Neve e os Sete Anões (1937), o primeiro longa-metragem animado da história. Inspirado no conto clássico dos Irmãos Grimm, o filme foi um sucesso estrondoso, abrindo caminho para que a Disney investisse mais em histórias que envolviam personagens femininas encantadoras.
Nos anos seguintes, a Disney continuou a expandir seu repertório de princesas com Cinderela (1950) e A Bela Adormecida (1959), ambos baseados em contos populares conhecidos mundialmente. A fórmula que cativava o público era simples: princesas corajosas, bondosas e com um toque de magia, geralmente acompanhadas por histórias de superação e amor verdadeiro.
Com o tempo, a ideia de criar uma linha de princesas Disney evoluiu, e na década de 1980, foi criada oficialmente a "Disney Princesses", uma marca que reunia as personagens mais icônicas. As princesas, como Ariel de A Pequena Sereia (1989), Belle de A Bela e a Fera (1991) e Mulan (1998), passaram a representar empoderamento e transformação, encantando novas gerações. O conceito de princesas Disney, mais do que simples personagens de filmes, se tornou um fenômeno cultural que perdura até hoje.
Valente: A Origem e as Curiosidades
Valente trouxe ao mundo a princesa Merida, uma jovem escocesa de cabelos ruivos encaracolados que se tornou a primeira protagonista feminina do estúdio. Diferente das princesas clássicas da Disney, Merida não busca um príncipe encantado, mas sim sua independência e o direito de decidir seu próprio destino. O filme se passa nas Terras Altas da Escócia, e sua história foi inspirada no folclore celta, com elementos de magia, tradições e lendas escocesas.
A criação de Merida começou com a diretora Brenda Chapman, que baseou a relação entre Merida e sua mãe, a Rainha Elinor, em sua própria experiência com a filha. Chapman se tornou a primeira mulher a dirigir um filme da Pixar, mas foi substituída durante a produção por Mark Andrews, embora tenha permanecido creditada.
Um dos maiores desafios técnicos do filme foi a animação dos cabelos de Merida. Cada fio foi criado individualmente, resultando em cerca de 1.500 mechas de cabelo, exigindo um novo software para simular seus movimentos naturais. Além disso, Valente foi o primeiro filme da Pixar a ter um enredo centrado em uma relação mãe e filha, algo raro nas animações do estúdio.
Curiosamente, Merida é a única princesa Disney sem um interesse romântico, reforçando a mensagem de autoaceitação e liberdade.
Cinderela: A Origem e as Curiosidades
Cinderela é um dos contos de fadas mais famosos do mundo, mas poucos sabem que sua origem remonta a mais de dois mil anos. A primeira versão conhecida surgiu na China, por volta do século IX, com a história de Ye Xian, uma jovem bondosa que recebe ajuda mágica para escapar da tirania de sua madrasta. No século XVII, o escritor francês Charles Perrault popularizou a versão ocidental que conhecemos hoje, incluindo elementos icônicos como a fada madrinha, a carruagem de abóbora e o sapatinho de cristal. Mais tarde, os Irmãos Grimm recontaram a história em uma versão mais sombria, onde as irmãs malvadas chegam a mutilar os próprios pés para caber no sapato.
A adaptação mais famosa veio com a animação da Disney, lançada em 1950, que consolidou Cinderela como um ícone da cultura pop. O filme foi um sucesso estrondoso, salvando os estúdios Disney da falência após a Segunda Guerra Mundial. Curiosamente, a cena da transformação do vestido foi uma das favoritas de Walt Disney e exigiu técnicas inovadoras de animação.
O sapatinho de cristal é um dos detalhes mais marcantes da história, mas sua escolha pode ter vindo de um erro de tradução. Alguns estudiosos acreditam que Perrault pretendia descrever sapatos de pele de esquilo ("vair"), mas a palavra foi confundida com "verre" (vidro). Independentemente disso, o sapatinho de cristal se tornou símbolo de magia e esperança.
Curiosidades sobre a Princesa Mulan
Mulan, uma das princesas mais icônicas da Disney, foi inspirada pela história real de uma jovem chinesa que, segundo a lenda, se disfarçou de homem para lutar no lugar de seu pai no exército. A história original vem do poema chinês Ballad of Mulan, que remonta ao século VI. Ela retratava uma mulher corajosa e destemida que desafiava as normas de sua sociedade para salvar sua família.
No filme da Disney, lançado em 1998, Mulan não se encaixa nos padrões típicos das princesas da empresa, sendo uma heroína não apenas por sua beleza, mas por sua bravura e inteligência. Ela desafiou a tradição ao ir para a guerra, mostrando que a verdadeira força vem de dentro. A produção foi um marco ao trazer à tona a cultura chinesa, com uma trilha sonora memorável, incluindo a famosa música Reflection, que se tornou um hino de autodescoberta.
Apesar das críticas de que o filme não refletia totalmente a cultura chinesa, Mulan ainda é admirada como um símbolo de empoderamento feminino e coragem. Em 2020, o filme ganhou uma versão live-action, trazendo ainda mais à tona seu legado como uma das figuras mais inspiradoras da Disney.
Antes de Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs)

Antes de Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs), muitos críticos e executivos da indústria cinematográfica consideravam a animação como algo adequado apenas para curtas-metragens de comédia. Mas o sucesso de "Branca de Neve" provou que a animação poderia ser usada para contar uma história emocionante e complexa.A ideia de fazer um filme sobre "Branca de Neve e os Sete Anões" não foi originalmente da Disney. Na verdade, a história era baseada em um conto popular dos irmãos Grimm.
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