Novas Palavras e Seus Impactos
Neologismos são palavras ou expressões novas que surgem em uma língua, seja para nomear conceitos, objetos ou fenômenos que não existiam anteriormente. Eles podem surgir devido à necessidade de adaptação cultural, mudanças tecnológicas ou até inovações sociais. O uso de neologismos reflete a dinâmica e a evolução das línguas.
Existem dois tipos principais de neologismo: formal ou lexical, que se refere à criação de uma nova palavra, como "selfie" (uma foto tirada de si mesmo), e conceitual ou semântico, que ocorre quando uma palavra já existente passa a ter um novo significado, como "mouse", que antes era apenas "rato" e agora também se refere a um dispositivo de computador.
É importante destacar a diferença entre neologismo e estrangeirismo. Enquanto o neologismo é uma palavra nova ou um novo uso de uma palavra existente na língua, o estrangeirismo refere-se ao empréstimo de palavras de outras línguas, como "marketing" ou "web". O estrangeirismo não é uma criação original da língua, mas uma adaptação de palavras estrangeiras que ainda preservam seu formato original.
Esses processos linguísticos demonstram como a língua está em constante transformação, refletindo a sociedade e as mudanças que a acompanham.
A etimologia das palavras
A etimologia é o estudo da origem e evolução das palavras ao longo do tempo. No português, muitas palavras têm raízes no latim, já que a língua surgiu do latim vulgar falado pelos romanos. No entanto, também há influências do árabe, tupi, africano e de outras línguas europeias, tornando o vocabulário português extremamente rico e diverso.
Um exemplo curioso é a palavra "cachorro", que hoje significa um cão, mas originalmente se referia a filhotes de qualquer animal. Vem do latim catulus, enquanto a palavra correta para "cão" era canis, que deu origem ao termo "canino". Já "relógio" vem do latim horologium, derivado de hora, indicando algo relacionado ao tempo.
O árabe também deixou marcas no idioma, especialmente durante a ocupação moura na Península Ibérica. Palavras como "algodão" (al-qutun) e "azeite" (az-zayt) vêm dessa influência. O tupi, língua indígena, trouxe termos como "abacaxi", "pipoca" e "capivara", enquanto os idiomas africanos contribuíram com palavras como "cafuné" e "fubá".
Estudar a etimologia revela não apenas a evolução da língua, mas também a história dos povos e culturas que influenciaram o português. A cada palavra que falamos, carregamos um pouco da trajetória e das mudanças que moldaram o idioma ao longo dos séculos.
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A variação linguística no Brasil
A língua portuguesa no Brasil é marcada por uma enorme diversidade, refletindo as influências culturais e históricas de cada região. Essa variação linguística ocorre devido a fatores como colonização, imigração, contato com línguas indígenas e africanas, além das particularidades geográficas de cada local. Assim, o português falado no país apresenta sotaques, expressões e até vocabulários distintos em diferentes estados.
O português nordestino, por exemplo, possui traços fonéticos característicos, como a pronúncia mais aberta de vogais e a presença de expressões típicas como “oxente” e “arretado”. Já o português carioca é conhecido pelo chiado ao pronunciar o "s" e pelo uso frequente de gírias como "maneiro" e "bolado". No português paulista, o "r" mais forte no final das palavras é uma característica marcante, além de expressões como “meu” e “beleza” no vocabulário cotidiano.
No Sul, a influência dos imigrantes europeus fez com que o português gaúcho incorporasse palavras e sotaques diferenciados, como o uso de “guria” para menina e “bah” como interjeição. No Norte, há um forte impacto das línguas indígenas, resultando em expressões como “tacacá” e “bicho” para se referir a alguém.
Essas variações enriquecem a língua portuguesa, tornando-a dinâmica e representativa da diversidade cultural do Brasil.
Desde o Século III a.C

Desde o Século III a.C., a língua portuguesa evoluiu a partir do latim vulgar trazido por colonos romanos, com influências menores de outros idiomas e um marcado substrato céltico. Com a queda do Império Romano e as invasões germânicas, o português arcaico desenvolveu-se no Século V d.C. e tornou-se uma língua de documentos escritos desde o Século IX, dando origem ao galego-português. Esse idioma amadureceu no século XIII e foi oficializado por D.Dinis I em 1290. O salto para o português moderno aconteceu durante o Renascimento, com o marco do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, de 1516. A partir daí, a normatização da língua foi iniciada com a criação de gramáticas, em 1536. Com a expansão da Era dos Descobrimentos, a língua portuguesa tornou-se internacional. Em 1990, foi realizado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, visando criar uma ortografia unificada.
A Perífrase
A Perífrase é uma figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia ou conceito por meio de uma descrição indireta ou uma circunlocução, em vez de usar o termo específico correspondente. É uma forma de ampliar ou enriquecer a expressão, dando-lhe uma maior expressividade ou um caráter mais elaborado. Na perífrase, em vez de utilizar uma palavra direta e objetiva para se referir a algo, são usadas outras palavras ou uma descrição mais elaborada para transmitir o mesmo significado. Isso pode ocorrer através de combinações de palavras, comparações, alusões ou até mesmo o uso de metáforas. Um exemplo comum de perífrase é a expressão "rainha dos mares" para se referir à figura mitológica da sereia. Nesse caso, em vez de usar o termo "sereia" diretamente, recorre-se a uma descrição poética e evocativa.
O Predicado é o termo da oração que expressa a ação
O Predicado é o termo da oração que expressa a ação, estado ou qualidade atribuída ao sujeito. Ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, dependendo da estrutura da frase. Compreender o predicado é fundamental para uma análise gramatical adequada e o entendimento completo da mensagem transmitida. Exemplos: "Ele comprou um livro." Nessa frase, o verbo "comprou" é o núcleo do predicado verbal, expressando a ação de comprar. / "A menina está feliz." Nessa frase, o verbo de ligação "está" une o sujeito "a menina" ao predicativo do sujeito "feliz", expressando o estado de felicidade. / "O time ganhou o jogo e ficou eufórico." Nessa frase, o verbo "ganhou" expressa a ação de vencer o jogo, enquanto o predicativo do sujeito "eufórico" atribui um estado ao sujeito "o time".
O que são e como utilizá-las no cotidiano
As expressões idiomáticas são combinações de palavras cujo significado vai além da tradução literal das palavras que as compõem. Elas são comuns em diversas línguas e têm o poder de enriquecer a comunicação, tornando-a mais colorida e expressiva. Essas expressões refletem a cultura e o contexto histórico de uma sociedade.
Entre os exemplos mais conhecidos estão "dar com os burros n’água", que significa falhar, e "pôr a mão na massa", que significa trabalhar diretamente em algo. As expressões idiomáticas são usadas para transmitir ideias de forma mais eficaz e criativa, sendo amplamente aplicadas em conversas informais e também em textos literários.
Elas servem para criar conexões mais profundas entre os falantes, adicionando significado contextual. Para usá-las corretamente, é importante compreender seu significado e o contexto em que são apropriadas. Usá-las de maneira errada pode gerar confusão.
Curiosamente, algumas expressões idiomáticas possuem versões diferentes em várias línguas, o que pode gerar equívocos quando traduzidas de forma literal. Portanto, conhecer essas expressões é essencial para uma comunicação mais fluente e compreensível.
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