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Death Note

A popularidade do anime Death Note atraiu muitas crianças que desejavam ter seu próprio caderno como o do anime, para escrever os nomes de pessoas que elas odiavam. Embora não tenha sido encontrado um verdadeiro death note na vida real, esse anime já deixou sua marca, pois muitos estudantes criaram suas versões e colocaram o nome de seus colegas, o que não foi bem visto pelos pais e escolas. Por isso, o anime foi banido na China. Em 2015, um caso na Connecticut, Estados Unidos, chamou a atenção da polícia quando um estudante fez seu próprio caderno e anotou o nome de todos os colegas. Além disso, em uma escola de Fukushima, um professor teve que se desculpar por ameaçar usar um caderno para controlar o comportamento dos alunos.

Baseado no mangá de Tsugumi Ohba, lançado em 2003, Death Note é dirigido por Tetsuro Araki e tem 37 episódios. A história segue Light Yamagami, que encontra um death note perdido do shinigami Ryuk. A partir daí, a narrativa ganha reviravoltas e suspense, envolvendo personagens fascinantes. Uma versão controversa e odiada para o live-action, lançada pela Netflix em 2017, deu ao anime maior popularidade. No entanto, não vamos nos aprofundar nessa "adaptação".

O verdadeiro nome de L é L Lawliet, como foi confirmado em Death Note: How To Read 13. Misa Amane foi a única pessoa capaz de descobrir isso, quando usou o poder dos olhos de Shinigami. Para manter sua identidade protegida, L usou os pseudônimos Ryuuzaki, Hideki Ryuga, Eraldo Coyle e Deneuve durante o caso Kira. A equipe de detetives que trabalhava para capturar o Kira nunca conseguiu descobrir a verdade por trás do nome do rapaz.

L veio de um orfanato para super-dotados chamado Wammy’s House, na Inglaterra. O seu passado foi mantido em segredo durante todas as investigações em que participou. Durante o caso Kira, no entanto, L foi forçado a revelar o seu rosto, surpreendendo a todos com sua aparência apática e mórbida. Apesar da sua aparência, L tem habilidades corporais incríveis que se assemelham às de uma capoeira. Os criadores da série disseram que não foi intencional, mas que eles ficaram satisfeitos com a semelhança.z.

No Death Note, a regra "Caso queira especificar detalhes da morte, deve fazê-lo nos 6 minutos e 40 segundos seguintes" possui uma referência à Bíblia. O número 6 representa o homem, pois foi criado no sexto dia da criação, enquanto o número 40 é usado como referência ao tempo de um castigo ou de uma jornada difícil. Por exemplo, os 40 dias de dilúvio e os 40 anos da travessia dos judeus pelo deserto.

Ao perceber que a inserção de uma Death Erase na história tornaria a trama ainda mais complicada, Ohba desistiu do seu plano inicial. O protagonista inicial de Death Note seria um menino medroso, bem diferente do Kira que conhecemos. A Death Erase seria uma espécie de borracha que traria à vida as pessoas mortas pelo Death Note. No entanto, tal elemento foi descartado para que a narrativa não ficasse muito complexa.

Ryuk foi um dos personagens mais memoráveis da série. Sua última linha: “Nós aliviamos o tédio um do outro por um bom tempo… Foi bastante divertido”, ficou marcada na memória de todos. No entanto, a ideia inicial para o personagem era diferente da versão final. Ele teria características mais humanizadas, sendo mais atraente, mas o roteirista Tsugumi achou que isso poderia confundir os leitores.

No primeiro episódio, logo após a abertura, é possível ouvir a canção "Kyrie Eleison", que é o nome de uma oração importante da liturgia cristã. "Kyrie" em grego significa "Oh Senhor" e o texto completo da canção é: "Senhor, tem piedade, Cristo, tem piedade, Senhor tem piedade".

Muitos mangás possuem temáticas similares à do Death Note. Entretanto, o que o torna interessante é que o mesmo tema já havia sido explorado em um título anterior, intitulado "The Miraculous Book" ou "Fushigi na Techou" em japonês, escrito por Shigeru Mizuki em 1973. O protagonista é um senhor de meia idade que, inexplicavelmente, encontra um caderno com nomes escritos nas páginas e, misteriosamente, as pessoas cujos nomes estão escritos acabam morrendo.

Light Yagami, um estudante de Tóquio, no Japão, sofreu uma grande mudança em sua vida quando, entediado, encontrou um caderno sobrenatural chamado "Death Note" caído no chão. Ele lê as instruções que diziam que, ao escrever o nome de alguém e visualizar seu rosto mentalmente, ela morreria de um ataque cardíaco em 40 segundos (salvo especificação de uma outra morte). Após testar o caderno em duas ocasiões, ele confirmou que seu poder era real. Cinco dias após o achado, Ryuk, o shinigami proprietário do Death Note, apareceu e revelou que deixara o caderno cair na Terra por tédio. Light então lhe disse que seu objetivo era matar todos os criminosos e tornar-se o "deus do novo mundo", o que causou uma série de mortes inexplicáveis que chamou a atenção do FBI e de um notório detetive particular, conhecido como "L".

No mangá, Mikami Teru cometeu suicídio uma semana após a morte de Light Yagami, fazendo isso dentro da delegacia. No anime, ele também acaba se matando, mas no arco final, no galpão onde Light foi desmascarado. Ele possuía uma caneta que foi usada para perfurar seu próprio peito.

A relação de Light e Misa é marcada pela obsessão da garota e o aproveitamento do rapaz. No entanto, o anime acaba por apresentar certos comportamentos machistas por parte do protagonista. Um exemplo disso é o segundo encontro dos dois, onde Light chama Misa para sua casa. No anime, nessa mesma ocasião, Misa se joga em cima de Light e eles caem no chão, despertando a atenção de outras pessoas. Em seguida, Light diz que "foi a primeira vez que sentiu vontade de bater em uma garota". No entanto, essa cena não existe na obra original.